Uma lenda viva. Talvez essa seja a melhor definição para o convidado do quadro Papo com João – Histórias Paralímpicas por Contar da última quinta-feira. Clodoaldo Silva, ídolo do esporte paraolímpico compartilhou com João Batista, presidente do Comitê Brasileiro de Clives Paralímpicos – CBCP, diversas histórias sobre sua vida pessoal e carreira. O atleta, que também é também conhecido como “Tubarão Paraolímpico”, está entre os maiores medalhistas do desporto Paralímpico do país. Em cinco edições de Jogos Paralímpicos conquistou 14 medalhas e ainda têm na bagagem 6 recordes mundiais.
“Se eu tenho um grande ídolo no esporte, que é o Ayrton Senna, eu tenho um grande ídolo na minha vida que é a minha mãe. Eu tenho três irmãos, que não têm deficiência, e ela nunca fez distinção no tratamento entre nós, sempre tive as mesmas obrigações que eles. Isso me fez crescer sem medo do preconceito e da discriminação, sempre fiz o que queria fazer, do meu jeito e dando o meu melhor. Assim consegui conquistar o respeito e a admiração das pessoas que me discriminaram”, comentou o ex-nadador logo no início da entrevista.
Clodoaldo Silva, um dos maiores medalhistas do Brasil Foto: CPB
Clodoaldo teve paralisia cerebral, por conta de falta de oxigenação durante o parto e isso afetou seus membros inferiores. O espírito de vencedor e o apoio da mãe, no entanto, fizeram com que ele se dedicasse ainda mais em busca de realizar seus sonhos. Como sugestão de fisioterapia, Clodoaldo começou a praticar natação e apenas 2 anos após os treinos ele participou do seu 1º campeonato brasileiro, conquistando três medalhas de ouro. Assim começava a carreira do primeiro ídolo do esporte paraolímpico brasileiro
Em uma longa trajetória de muita dedicação e amor ao esporte, o Tubarão marcou seu nome na história do paradesporto mundial e conquistou mais de 500 medalhas, o que lhe rendeu o título de um dos maiores medalhistas do País. Em 2005, recebeu do Comitê Olímpico Brasileiro o Troféu Hors-Concours, maior honraria do Prêmio Brasil Olímpico. No mesmo ano, recebeu do Comitê Paralímpico Internacional o título de Melhor do Mundo. Em 2016, foi escolhido para acender a Pira na abertura dos Jogos Paralímpicos, no Rio de Janeiro.
Além de falar sobre sua carreira, durante a conversa com João, Clodoaldo também falou sobre o seu processo de classificação e sobre as polêmicas envolvendo as reclassificações de atletas. “O que está acontecendo é lamentável. A ciência já está aí, então porque o Comitê Paraolímpico Internacional ainda não a utiliza a seu favor? Os atletas não podem ser castigados e punidos”, comentou. Atualmente Clodoaldo segue engajado na luta pelo paradesporto brasileiro e além de ser comentarista do UOL e da SporTv, também ministra palestras por todo o Brasil.
Para assistir a entrevista completa clique aqui. Fique de olho nas redes sociais do CBCP para saber quem será o próximo convidado do quadro Papo Com João, que é transmitido às quintas-feiras, às 19h, em nossa página no Facebook (@cbcpoficial).