A gestão eficiente de recursos e a subdivisão das modalidades paralímpicas estão entre os principais fatores que explicam essa diferença.
Nos Jogos Olímpicos de Paris, o Brasil enviou 276 atletas e conquistou 20 medalhas. Já nos Jogos Paralímpicos, com uma delegação de 255 atletas, o país alcançou sua melhor performance histórica: 89 pódios e o 5º lugar na classificação geral de medalhas.
Essa tendência também se repetiu em Tóquio: 302 atletas e 21 medalhas nos Jogos Olímpicos de 2020, enquanto nos Jogos Paralímpicos o Brasil conquistou 72 medalhas com 259 atletas. A diferença de resultados está diretamente ligada à subdivisão das categorias e à gestão dos recursos nos esportes paralímpicos.
O principal fator relevante é a subdivisão das classes paralímpicas, que possibilita mais chances de medalhas. Nos Jogos Paralímpicos, os atletas são divididos em classes baseadas em deficiências físicas, visuais e intelectuais, criando mais oportunidades de competição e pódios. Em comparação, os Jogos Olímpicos oferecem menos eventos e, consequentemente, menos chances de medalhas.
Outro ponto, segundo Amir Somoggi, sócio-diretor da Sports Value, é que o Brasil se consolidou como potência paralímpica graças a uma gestão estratégica e ao apoio financeiro proporcionado pela Lei das Loterias. Ele destaca o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, como um exemplo de investimento que impulsionou o paradesporto. O centro oferece infraestrutura de ponta e abriga até 15 modalidades paralímpicas.
Além disso, o Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP), fundado em 2020, desempenha um papel essencial no avanço do paradesporto e do esporte paralímpico no Brasil com uma gestão estratégica, direciona recursos para as entidades que são filiadas — como associações, clubes e institutos —, responsáveis pela formação de atletas com deficiência. Com o objetivo de ser uma janela de oportunidades para pessoas com deficiência, o CBCP valoriza a ética, a transparência e as boas práticas de governança, garantindo responsabilidade na gestão dos recursos públicos, promovendo a inclusão plena dos direitos dessas pessoas.
Essa junção de ações estratégicas e de gestão faz com que o paradesporto e o esporte paralímpico no Brasil cresçam de maneira exponencial, consolidando o país como referência global.
Assessoria de Comunicação do CBCP
Fonte: Forbes